Mais de 100 alunos de Gondomar, Paredes e Valongo vão plantar 600 carvalhos numa área de dois hectares do Parque das Serras do Porto, numa ação de reflorestação inserida no projeto da Redes Energéticas Nacionais (REN), foi esta terça-feira anunciado.
A ação envolve cerca de 150 crianças dos 5.º e 6.º anos das escolas dos três concelhos no distrito do Porto, que, na quarta-feira, vão plantar árvores na confluência dos três municípios localizada na Rua do Belói (N29-1), no Lugar de Aguiar, em Aguiar de Sousa (Paredes).
Dinamizada pela Associação de Municípios do Parque das Serras do Porto, esta iniciativa surge no âmbito de um projeto da REN mais alargado.
O objetivo é a plantação de 11 mil carvalhos em 42 hectares do Parque das Serras do Porto até ao final do ano.
A ação marcada para as 11:00 visa celebrar o Dia da Floresta Autóctone que se assinalou a 23 de novembro, altura em que esta iniciativa foi adiada devido ao mau tempo.
Paralelamente está prevista a doação, pela REN à Associação de Municípios do Parque das Serras do Porto, de uma viatura 4×4 para apoio a projetos de promoção da floresta nativa e prevenção de incêndios.
“A ação visa sensibilizar os mais jovens para a importância de preservar este espaço verde que é de todos. Estimula a promoção da floresta nativa e ao mesmo tempo a prevenção de incêndios”, refere o presidente da Associação de Municípios do Parque das Serras do Porto, que engloba Paredes, Gondomar e Valongo.
Citado no comunicado enviado à agência Lusa, Alexandre Almeida, que é também presidente da Câmara Municipal de Paredes, vinca que “o Parque das Serras do Porto é o maior pulmão da Área Metropolitana do Porto”.
“É sem dúvida uma prioridade na agenda ambiental do Norte do país”, concluiu.
Já o administrador executivo da REN, João Faria Conceição, garantindo que “a defesa da floresta autóctone é uma prioridade para a REN, que tem 23 mil hectares de áreas de servidão inseridas em espaços florestais”, aponta que a empresa trabalha “diariamente na gestão destas áreas onde se inclui a limpeza e a reflorestação com espécies autóctones, aumentando a biodiversidade e a resiliência da floresta”.
“Até 2025, a REN pretende reflorestar 50% das suas áreas de servidão em floresta”, referiu.
A REN doou, desde 2009, 90 veículos no âmbito da prevenção de fogos florestais.
Seis dezenas foram doadas a corporações de Bombeiros Voluntários e três a equipas de prevenção de incêndios da proteção civil das autarquias.
A Associação de Municípios do Parque das Serras do Porto recorda que a floresta autóctone é composta por árvores originárias do próprio território, estando, por isso, mais adaptadas às condições do solo e do clima, e sendo, por isso, mais resistentes a pragas, doenças, períodos de seca ou de chuva intensa, do que outras espécies introduzidas.
Adicionalmente, são habitat de espécies animais autóctones, muitas delas também em vias de extinção.
As florestas autóctones, embora de crescimento mais lento, são também normalmente mais resistentes e resilientes aos incêndios florestais.