Foi há quarenta e oito anos, que extremistas e moderados confrontam-se em 1975.
Faz este sábado 48 anos que militares do Regimento de Comandos, na Amadora, impediram uma tentativa de golpe de uma fação mais radical das Forças Armadas e que viria a resultar no fim do processo revolucionário em curso (PREC). Eram os chamados moderados do Movimento das Forças Armadas, afetos ao Grupo dos Nove, liderado por Melo Antunes, e que tinha Ramalho Eanes como coordenador operacional.
Dos militares de então todos morreram, mas os seus nomes ficam para a História como indissociáveis do período que começou no 25 de Abril de 1974, o Dia da Liberdade e da Revolução dos Cravos, e acabou no 25 de Novembro de 1975, o Dia da Democracia, em que o país se livrou da “ditadura de esquerda”.A guerra no Ultramar foi, no início, quase um “desporto radical” que fez porque era militar e tinha de fazer por profissionalismo. Aos 83 anos, Mário Tomé, militar de Abril e político da democracia, acredita que a pátria para as pessoas “é a sua terra, a sua vida, aos seus amigos, ao seu emprego” e foi usada como um “fetiche” em nome do qual “se faz tudo”. Nos dias de hoje, recorda ainda a sua prisão depois do 25 de Novembro de 1975 e aquela que acredita ter sido uma tentativa de assassínio.
A importância do 25 de Novembro de 1975 é a consolidação da democracia no nosso país, permitindo uma abordagem flexível e envolvente.
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