512 denúncias de violação na Igreja foram validadas mas número de vítimas é muito superior
512 denúncias de violação na Igreja foram validadas mas número de vítimas é muito superior

512 denúncias de violação na Igreja foram validadas mas número de vítimas é muito superior

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Mais de quatro mil crianças foram vítimas de abusos sexuais por parte de padres, em Portugal, nos últimos 72 anos. Esta é a principal conclusão do relatório final da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, ontem apresentado. O presidente da comissão, Pedro Strecht, indicou que foram validados 512 testemunhos e que, de acordo com o contexto narrado, há um número potencial de 4815 menores abusados.

Os investigadores concluíram que o perfil dos abusadores no seio da Igreja Católica “é variado”. Há, contudo, uma prevalência de “adultos jovens com estruturas psicopatológicas, agravadas por fatores de risco como o alcoolismo ou o mau controlo de impulsos”. Na leitura dos testemunhos é admissível que o mesmo homem tenha abusado de várias dezenas de crianças.

Lisboa e Porto foram os distritos com mais abusos. Quase metade das vítimas nunca tinha falado até ao ano passado.

Bispos prometem intensificar as medidas preventivas e apostar em efetiva tolerância zero à pedofilia na Igreja.

Pedimos perdão a todas as vítimas: às que deram corajosamente o seu testemunho, calado durante tantos anos, e às que ainda convivem com a sua dor no íntimo do coração, sem a partilharem com ninguém”. A frase foi, esta segunda-feira à tarde, proferida por D. José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), na reação do episcopado ao relatório final da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica.

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