Deputado do Chega, Miguel Arruda, suspeito de vender roupa de malas furtadas em plataformas digitais

Miguel Arruda, deputado do Chega, está a ser investigado por suspeitas de envolvimento na venda de roupas retiradas de malas furtadas nos aeroportos nacionais, nomeadamente nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada. A Polícia de Segurança Pública (PSP) realizou, esta terça-feira, buscas nas casas de Arruda em Lisboa e em São Miguel, nos Açores, por suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade.

O deputado é suspeito de furtar malas dos tapetes de bagagens das chegadas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada, quando viajava entre os Açores e a capital no início e no final da semana de trabalhos parlamentares. Os artigos furtados acabaram por ser vendidos em plataformas digitais, o que levou à investigação. A plataforma foi entretanto apagada.

Segundo a CM, a esposa do agora deputado independente, também está envolvida no esquema e será interrogada pelas autoridades.

Antes de uma posição oficial do partido, Miguel Arruda decidiu por sua conta e risco passar a deputado independente, sem informar previamente o Chega ou o seu líder, André Ventura. Esta mudança ocorreu antes de qualquer deliberação interna do partido.

O deputado foi constituído arguido, mas garante estar inocente das acusações. O caso está a gerar grande repercussão política e social, com vários partidos a exigir esclarecimentos urgentes sobre o envolvimento de Arruda. O Chega, por sua vez, declarou que aguardará o desenrolar das investigações antes de tomar qualquer posição oficial sobre a situação.

A PSP continua a investigar o caso, que pode ter implicações legais e políticas graves para o deputado.

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