Crise energética encerra fábrica da Siderurgia Nacional na Maia

12/03/2022 0 Por Angelo Manuel Monteiro

Esta sexta-feira, 11 de março, o grupo espanhol Megasa, dona da SN anunciou que “o agravamento da crise energética provocada pela guerra e o consequente aumento radical dos preços de eletricidade e de gás natural levaram a Megasa a suspender atividade nas fábricas do Seixal e da Maia”.

Em causa estão “700 empregos diretos, 3.500 indiretos e uma exportação equivalente a 1.000 milhões de euros anuais”.

A paragem ocorreu no passado dia 5, diz a empresa, alegando que “o contexto internacional” tornou “economicamente inviável a produção das duas unidades”.

“Cenário idêntico vive grande parte da indústria eletrointensiva em Espanha”, sublinhou.

A Megasa afirma que já propôs ao primeiro-ministro “a adoção de medidas extraordinárias na contratação de energia, nomeadamente através da colocação de energia adquirida pelo Comercializador de Último Recurso (CUR) a produtores em regime especial (PRE) aos consumidores eletrointensivos”.

“Com o apoio das instituições nacionais e europeias e recorrendo a mecanismos como o proposto”, a companhia considera “ser possível manter a sua atividade”, enfatizando que “tem vindo a manter informados os representantes dos trabalhadores, autarquias e entidades governamentais da gravidade da situação e ações tomadas”.

Pelas mesmas razões, a Megasa interrompeu, a 4 de março, a produção da sua fábrica de Narón, na Corunha, onde o grupo está sediado.