A Câmara de São João da Madeira revelou esta segunda-feira que vai alargar o programa de vacinação infantil contra o rotavírus a cidadãos estrangeiros que, mesmo não estando ainda recenseados, já residam nesse concelho do distrito de Aveiro.
Segundo a autarquia, em 2014 o Instituto Nacional de Estatística indicava que moravam em São João da Madeira 426 indivíduos de outras nacionalidades além da portuguesa, mas em 2020 os dados oficiais já apontavam para 865 e “atualmente devem ser mais”.
É por isso que a Câmara quer estender à comunidade estrangeira o apoio financeiro para as três doses da inoculação que, por não estar abrangida pelo Plano Nacional de Vacinação, custa cerca de 150 euros por criança.
“No anterior regulamento, constava como condição de acesso ao programa que os pais das crianças beneficiárias estivessem recenseados em São João da Madeira, o que não permitia abranger os filhos de cidadãos estrangeiros que residem no concelho, mas, por variadas razões, ainda não estão inscritos no recenseamento eleitoral. Alterámos esse requisito porque não se justifica que essas crianças não pudessem ter acesso a este instrumento”, explicou à Lusa o presidente da Câmara Municipal, Jorge Vultos Sequeira.
O programa de vacinação de São João da Madeira arrancou em 2018 e, até julho deste ano, já beneficiou 477 crianças, o que representa um investimento na ordem dos 48.000 euros — facilitado pelas farmácias do concelho, que concordaram em vender a vacina à autarquia por um preço especial.