A líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, reuniu-se esta segunda-feira com a comissão política concelhia do Porto para discutir o Orçamento do Estado (OE) para 2025, abordando especialmente a área da Saúde, onde expressou preocupação com a falta de medidas eficazes e as falhas na gestão governamental.
Alexandra Leitão criticou a gestão do Governo na área da Saúde, afirmando que “tem havido muita incompetência” e acusando o Governo de não cumprir as promessas feitas durante a campanha eleitoral. “Ao nível da saúde, temo que estejamos a assistir a um descalabro. Não há nenhuma medida para parar a perda de profissionais de saúde para o setor privado, especialmente médicos, que era uma das propostas apresentadas pelo PS em conversações com o Governo”, afirmou a deputada.
Em relação ao Orçamento do Estado, a líder socialista denunciou que a proposta do Governo inclui benefícios fiscais para seguros privados de saúde, o que, segundo ela, “tira dinheiro do Serviço Nacional de Saúde (SNS)” e “não estanca a saída de profissionais de saúde”. Criticou ainda a ausência de medidas concretas para a situação das urgências e os problemas no INEM, que considera graves, apontando a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, como responsável pela gestão da crise. “A responsabilidade sobre o que está a acontecer no INEM recai diretamente sobre a ministra da Saúde e sobre o primeiro-ministro, que preferiu contratar uma agência de comunicação, como se o problema fosse de comunicação”, sublinhou Alexandra Leitão.
A dirigente socialista também alertou para o impacto das falhas na gestão da Saúde, lembrando que durante a campanha eleitoral o Governo tinha prometido resolver os problemas rapidamente. “A Saúde era uma área, assim como a Educação, onde a AD tinha dito que em 60 ou 90 dias resolveria tudo. Era evidente que não o iriam conseguir fazer, mas a verdade é que nem mesmo as medidas de curto prazo estão a ser cumpridas”, criticou.
Alexandra Leitão concluiu a sua intervenção afirmando que a situação da Saúde é “de emergência” e que as medidas do Governo são erradas e ineficazes. A líder parlamentar também questionou a transparência na execução das cirurgias oncológicas, referindo-se a um “apagão” no Portal da Transparência, que impede o acompanhamento da realização das intervenções.
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