A Rainha do Fado marcou Portugal e o mundo. Não apenas com a sua música, mas com a sua “Estranha Forma de Vida”.
Existem artistas que deixam a sua marca no tempo. Artistas que definem uma geração. Amália Rodrigues define um país, Portugal, mas foi também do mundo. É difícil ouvir a sua voz e não ficar arrepiado, ouvir a sua mensagem e não ficar emocionado. Até à data da sua morte – 6 de outubro de 1999 – a artista editou 170 álbuns em mais de 30 países, fazendo uma soma de mais de 30 milhões vendidos.
Em 1940, Amália Rodrigues começa a sua carreira no teatro de revista e três anos depois está a fazer a sua primeira atração fora de Portugal, em Madrid. Em 1944, com apenas 24 anos, a artista portuguesa tinha já um espetáculo exclusivo no Casino Copacabana, no Rio de Janeiro. Era para estar em cena quatro semanas, mas acabou por estar quatro meses.
A partir daí, a carreira de Amália pelo mundo nunca mais parou, tendo sido convidada para as mais prestigiadas salas de espetáculos em cidades como Nova Iorque, Paris, Londres, Roma e Tóquio.
Em 1952, a fadista atinge a 2ª posição da tabela Billboard Hot 100, da revista americana de música Billboard, com a canção “Coimbra”. Dois anos depois, é capa dessa mesma revista.
Amália foi mais do que o seu Fado: foi arte, política, religião e beleza. Para além de participar em alguns filmes, “Capas Negras” um deles, a artista foi e é também tema de longas metragens, documentários e musicais. Os seus fados continuam a ser interpretado por inúmeros artistas até aos dias de hoje.
Amália era também um ícone de Moda e Beleza. De cabelo curto sempre arranjado, também na maquilhagem nada era deixado ao acaso. Não dispensava um marcante batom vermelho e nos olhos um eyeliner ou sombra, sem esquecer as sobrancelhas sempre bem definidas e marcadas. Mais de 100 anos após o seu nascimento, Amália continua a ser um símbolo do Fado, da cultura, da língua portuguesa e de Portugal.