Perante as crescentes queixas dos passageiros de Santa Maria da Feira sobre o serviço da rede de autocarros Unir, a Área Metropolitana do Porto (AMP) apontou a responsabilidade das falhas aos operadores envolvidos. De acordo com a AMP, os problemas reportados têm resultado no não pagamento das viagens que não foram realizadas.
A primeira secretária da Comissão Executiva da AMP, Ariana Pinho, afirmou que os horários do lote 5, que abrange os concelhos de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis, Arouca, São João da Madeira e Vale de Cambra, estão devidamente atualizados, e destacou que “as falhas de serviço são da responsabilidade dos operadores”. Pinho acrescentou que, ao contrário do que acontecia antes da implementação da operação Unir, as falhas agora resultam em penalizações contratuais, incluindo o não pagamento das viagens não realizadas.
A operadora responsável pelo lote 5, o grupo espanhol Monbus, remeteu quaisquer esclarecimentos para a AMP.
Os passageiros têm expressado as suas frustrações em grupos de Facebook, apontando o incumprimento de horários e a falta de informação nas paragens. A rede Unir não dispõe de uma linha de atendimento dedicada, oferecendo apenas endereços de e-mail para contacto.
Anteriormente, a AMP já havia indicado que ajustes recorrentes aos horários são comuns durante a implementação de uma nova rede de transporte público, como é o caso da Unir.
Em resposta às preocupações sobre uma possível reorganização da operação, Ariana Pinho esclareceu que “a rede Unir encontra-se já numa fase de implementação de melhorias contínuas, normais numa rede dinâmica, e não de alterações profundas ou de reorganização”.
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