No passado sábado, 19 de outubro, a Biblioteca Memorial D. Domingos de Pinho Brandão, em Arouca, foi o cenário da apresentação do livro “50 Abris”, uma obra que dá voz a pessoas, jovens e menos jovens, que normalmente não são ouvidas em discussões sobre a Revolução de Abril. Este projeto compila textos de 50 autores e autoras residentes em Portugal, que dialogaram sobre liberdade com 50 grupos de associações sociais da região do Grande Porto, resultando em uma coletânea de reflexões profundas e significativas.
A sessão de lançamento contou com a presença da presidente da Câmara Municipal, Margarida Belém, e de Marta Pais de Oliveira, uma das autoras do livro, que apresentou o seu texto intitulado “Há um vento que me faz dançar”. Este texto emergiu de uma conversa com jovens rapazes do Centro Educativo de Santo António, no Porto, e foi ilustrado pela artista arouquense Luísa Portugal.
A moderação do evento esteve a cargo da professora universitária e investigadora Preciosa Fernandes, também natural de Arouca, que conduziu a discussão com sensibilidade e profundidade.
“50 Abris” é descrito como uma obra poderosa e impactante, acessível a todas as idades, e oferece uma contribuição importante para a reflexão sobre temas cruciais como democracia, liberdade e educação. A coordenação da obra ficou a cargo de Sara Brandão, da editora Truz Truz, que tem raízes familiares em Arouca, reforçando a conexão local ao projeto.
A apresentação do livro não apenas celebrou a literatura, mas também destacou a importância da voz de todos os cidadãos na construção de uma sociedade mais justa e democrática.