ASAE Apreende 72 Embalagens de Medicamentos no Porto em Operação Contra Abuso de Funções
ASAE Apreende 72 Embalagens de Medicamentos no Porto em Operação Contra Abuso de Funções

ASAE Apreende 72 Embalagens de Medicamentos no Porto em Operação Contra Abuso de Funções

Partilhar:

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu 72 embalagens de medicamentos durante uma operação contra a usurpação de funções médicas no concelho do Porto. Dois arguidos foram constituídos no âmbito da ação conjunta da ASAE, da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e do INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento.

Durante a fiscalização a um estabelecimento de parafarmácia e saúde dedicado a atos de medicina estética, a ASAE e a ERS descobriram que três indivíduos praticavam procedimentos médicos estéticos, como a aplicação de toxina botulínica, ácido hialurónico e fios tensores, sem estarem registados na Ordem dos Médicos, apesar de alegarem possuir títulos académicos válidos de países da CPLP.Foi instaurado um processo-crime por usurpação de funções médicas, e 72 embalagens de medicamentos, sujeitos a receita médica e avaliados em 3.800 euros, foram apreendidas. A entidade exploradora do estabelecimento não estava registada no INFARMED, o que levou à apreensão dos medicamentos destinados à administração no local.Alguns dos medicamentos não possuíam rotulagem em língua portuguesa e não tinham sido autorizados pelo INFARMED, colocando em questão a sua natureza e segurança.A ERS, no exercício das suas competências, constatou que o estabelecimento não possuía licenciamento ou registo no Sistema de Registo de Estabelecimentos Regulados (SRER) da ERS, sendo alvo de processos sancionatórios.Os dois arguidos estão sujeitos à medida de coação de Termo de Identidade e Residência.A ASAE alerta para os riscos associados à prática de procedimentos médicos por não profissionais qualificados, sublinhando que a administração de toxina botulínica, ácido hialurónico e outros procedimentos invasivos são atividades exclusivas de profissionais autorizados para atos médicos. A falta de qualificações adequadas pode resultar em danos físicos permanentes e irreversíveis.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *