Associação do Coliseu do Porto quer submeter reabilitação do edificado a fundos comunitários
Associação do Coliseu do Porto quer submeter reabilitação do edificado a fundos comunitários

Associação do Coliseu do Porto quer submeter reabilitação do edificado a fundos comunitários

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O presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, revelou esta segunda-feira ser intenção da associação que gere o Coliseu submeter as obras de reabilitação a fundos comunitários do programa Norte 2030, tornando desnecessária a concessão do equipamento.

“A associação [Amigos do Coliseu] veio falar connosco para recorrer a fundos comunitários”, afirmou o autarca independente, quando questionado pelo vereador do BE, durante a reunião do executivo, sobre a intenção de se concessionar o Coliseu do Porto.

Segundo Rui Moreira, a candidatura a fundos comunitários terá de ser feita através da Área Metropolitana do Porto (AMP), estando, neste momento, a ser estudada essa opção.

“Já se falou com o presidente da AMP para o Coliseu entrar no mapeamento dos equipamentos culturais da AMP”, acrescentou, dizendo que dificilmente o financiamento comunitário será superior a 70% e que a autarquia estaria disponível a apoiar o restante valor, mas só se existir uma alteração legislativa, uma vez que aquele equipamento é privado.

O executivo da Câmara do Porto aprovou esta segunda-feira, por unanimidade, atribuir um apoio de 100 mil euros para a empreitada de reabilitação integral do telhado do Coliseu do Porto.

A obra ascende a 300 mil euros e conta com a contribuição de outros associados e coletivos, uma vez que apesar do equilíbrio financeiro, a associação não tem capacidade para suportar esta despesa.

Em 15 de julho de 2022, a direção da Associação Amigos do Coliseu aprovou por unanimidade uma proposta, apresentada pelo então representante da Câmara do Porto, para concessionar o equipamento a privados.

Em declarações aos jornalistas, Rui Moreira afirmou que concessionar o equipamento a entidades privadas era “voltar à intenção original”.

No mesmo dia, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, disse, em declarações enviadas à Lusa, que apoiava a concessão e que a opção era feita “sem nenhum preconceito” quanto ao modelo de gestão e financiamento da reabilitação.

O músico Miguel Guedes foi convidado pela Câmara Municipal do Porto a assumir o cargo de presidente da direção do Coliseu, espaço cultural que pretende “preservar” e “eternizar”, reforçando a sua ligação à cidade e às pessoas, disse numa entrevista à Lusa.

Miguel Guedes disse também ser preciso “olhar com todo o rigor, clareza e coragem” para o Coliseu que “precisa de obras urgentemente e ninguém pode desresponsabilizar-se dessa necessidade urgente”.

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