
Bastonário da Ordem dos Médicos assegura que casos de legionella em Matosinhos foram isolados
21/11/2023O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, assegurou nesta segunda-feira que os dois casos de ‘legionella’ detetados num lar em Matosinhos são “casos isolados”, não representando motivo de preocupação para a população.
Durante uma visita ao hospital local, Cortes transmitiu uma mensagem de tranquilidade, informando que, de acordo com a Unidade de Saúde Pública da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, os casos são limitados ao lar, não havendo risco para a comunidade.
Na semana passada, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte reportou dois casos de ‘legionella’ no lar, resultando em uma fatalidade. A origem ambiental do ‘cluster’ está sendo investigada, com a ARS salientando que se trata de casos isolados.
Desde o início do mês, foram identificados dois ‘clusters’ de Doença dos Legionários na região Norte, um em Matosinhos e outro em Caminha, com sete casos confirmados neste último.
A Ordem dos Médicos alertou para a importância da deteção precoce de casos suspeitos da doença, dadas as condições climatéricas atuais que favorecem o surgimento de casos esporádicos e surtos. A instituição esclareceu que a identificação ambiental da bactéria não implica necessariamente risco de doença, mas requer avaliação de risco e faz parte das atividades de monitorização e vigilância das unidades de saúde pública.
A ‘Legionella’ é uma bactéria que causa pneumonia, com sintomas como febre, mal-estar, dores de cabeça, musculares, tosse e diarreia. A transmissão ocorre por via respiratória, pela inalação de aerossóis de água contaminada. A doença é mais comum em adultos, especialmente fumadores, portadores de doenças crónicas e pode ser fatal em cerca de 10% dos casos.