Boavista SAD Anuncia Auditoria Forense à Gestão Anterior Após Críticas e Alegações de Má Gestão
Boavista SAD Anuncia Auditoria Forense à Gestão Anterior Após Críticas e Alegações de Má Gestão

Boavista SAD Anuncia Auditoria Forense à Gestão Anterior Após Críticas e Alegações de Má Gestão

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A Boavista SAD, sob a liderança do administrador executivo Carmelo Fraile, anunciou esta terça-feira a realização de uma auditoria forense à gestão anterior, presidida por Vítor Murta. A decisão surge em meio a uma série de controvérsias envolvendo a administração anterior, que foram recentemente exacerbadas por notícias de problemas financeiros e legais.

A auditoria forense será conduzida para investigar alegações de falta de transparência e “gestão danosa” durante o mandato de Murta. Fraile justificou a decisão com base na concentração de poder na figura do ex-presidente e na falta de clareza nas operações da SAD. “A gestão anterior estava centrada unicamente na figura do antigo presidente. A minha saída do anterior conselho de administração foi uma consequência direta da falta de transparência e da concentração de poder numa única pessoa, algo que, como se percebe, causou danos significativos a esta sociedade”, afirmou Fraile em declarações à agência Lusa.

A situação financeira da SAD foi agravada recentemente quando a sociedade financeira BTL obteve autorização do Tribunal Judicial do Porto para executar uma dívida de €6,8 milhões, resultante da penhora das receitas da venda de ativos do clube. Além disso, a empresa de agenciamento Profute, de Paulo Gonçalves, entrou com uma queixa no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) exigindo o pagamento de comissões relacionadas com a transferência de Tiago Morais para o Lille.

Fraile destacou que a má gestão da administração anterior resultou em problemas contínuos, como pedidos de insolvência de ex-jogadores relacionados com acordos incumpridos datados de 2021. A atual gestão tem enfrentado grandes desafios para resolver essas questões e restaurar a saúde financeira da SAD.

Em resposta às críticas do ex-presidente, Fraile afirmou que é positivo que Murta continue a falar sobre seu trabalho, pois isso expõe a gravidade da situação e as consequências de sua gestão. “É incompreensível que uma pessoa condenada pela justiça desportiva por alegado assédio sexual continue na presidência do clube. A sua permanência é um desrespeito para com todos os associados e uma mancha grave na reputação do Boavista”, afirmou Fraile, referindo-se também à condenação de Vítor Murta por assédio sexual, a qual Murta já recorreu.

O Boavista, em um esforço para resolver suas dívidas e levantar as restrições impostas pela FIFA, recentemente vendeu jogadores importantes, incluindo Pedro Malheiro para o Trabzonspor e Chidozie para o Cincinnati, com o objetivo de melhorar sua situação financeira.

A auditoria forense e as medidas recentes representam uma tentativa da nova administração de limpar a imagem da SAD e garantir uma gestão mais transparente e eficaz no futuro.

Foto: DR

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