O presidente da Câmara de Gondomar disse esta sexta-feira estar em “estado de choque” com a sentença que obriga a autarquia a desenterrar mais de mil mortos de um cemitério, considerando que é a decisão é “ilegal e sem sentido”.
Em declarações à Lusa, Marco Martins afirmou que a Câmara de Gondomar, no distrito do Porto, vai recorrer daquela sentença “até às ultimas consequências”, considerando que, “entre outros aspetos”, o tribunal não teve em conta o “lado sentimental da questão”.
“Eu estou em estado de choque, completamente incrédulo. Com todo o respeito pela Justiça, esta decisão não tem pés nem cabeça, não tem em conta o aspeto sentimental da questão e, além disso, é ilegal”, afirmou Marco Martins.
A Câmara Municipal de Gondomar tem um ano para concluir a retirada de todos os restos mortais que estão sepultados desde 2001 no cemitério nº2 de Rio Tinto. A notícia avançada pelo Jornal de Notícias esta sexta-feira, dá conta que o Tribunal Judicial da Comarca do Porto, através do Juízo de Execução de Valongo, não deu razão à autarquia e, dessa forma, obriga o município a devolver os terrenos.
A autarquia de Gondomar tem agora um mês para cumprir a sentença proferida pelo Tribunal.