A Câmara Municipal de Santo Tirso aprovou nesta quinta-feira o orçamento para 2025, no valor de 78,2 milhões de euros, marcando um aumento significativo de 13,1 milhões em relação ao ano anterior. O orçamento, aprovado pela maioria socialista liderada pelo presidente Alberto Costa, recebeu voto contra do PSD, que não forneceu justificativa.
Segundo comunicado do município, este aumento deve-se ao crescimento das comparticipações de fundos comunitários, às maiores transferências do Orçamento de Estado de 2024 e ao reforço do Plano Plurianual de Investimentos. Estima-se que a comparticipação dos fundos comunitários alcance os 14,1 milhões de euros, mais 6,7 milhões do que em 2024, impulsionada pelo Portugal 2030 e pelo Plano de Recuperação e Resiliência.
A autarquia também revelou que a dívida municipal deverá reduzir-se em cerca de 1,6 milhões de euros, representando uma diminuição de 10%, passando de 15,5 milhões para 13,8 milhões de euros. Segundo Alberto Costa, isso aumentará a capacidade de endividamento da câmara em 21% para o próximo ano.
Em relação à carga fiscal, a Câmara de Santo Tirso mantém o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) na taxa mínima de 0,30%, com o IMI Familiar a garantir deduções de 30 euros para famílias com um dependente, 70 euros para dois e 140 euros para três ou mais. A Derrama municipal variará entre 0,1% para empresas com faturação abaixo de 150 mil euros e 1,2% para volumes superiores, enquanto o IRS local se manterá nos 3,50%.
Alberto Costa anunciou ainda o alargamento da isenção do IMI de três para cinco anos, uma medida que torna Santo Tirso o único município da Área Metropolitana do Porto a adotar essa prática. O orçamento inclui ainda um reforço para a Educação, Ação Social e 4,1 milhões de euros em transferências para as freguesias.
O presidente da Câmara destacou que, ao longo do mandato, o município tem reforçado programas e apoios, especialmente no setor de arrendamento, sem renunciar a nenhuma iniciativa em curso. Para Alberto Costa, este é um orçamento que “vai além do compromisso político,” consolidando um projeto de investimento que prioriza a poupança corrente, estimada em 13,6 milhões de euros, e que será canalizada para reforço dos investimentos municipais.
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