O executivo da Câmara Municipal do Porto aprovou, nesta segunda-feira, por maioria e com a abstenção da CDU e do PSD, a criação da Empresa Metropolitana de Transportes do Porto, que será responsável pela gestão da rede de transportes Unir e do sistema de bilhética Andante.
Durante a discussão, que ocorreu quase nove meses após a proposta ter sido retirada de votação, a vereadora Ilda Figueiredo (CDU) considerou positiva a criação da empresa, mas lamentou que ela não tenha sido pensada para que a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) se tornasse um operador interno. Mariana Macedo (PSD) também concordou com a criação, mas expressou preocupação com a participação do Porto na empresa, que será de mais de 12%, considerando que tal acarreta maior responsabilidade financeira, caso ocorram prejuízos.
Em resposta, o presidente da câmara, Rui Moreira, afirmou que os interesses da STCP estão assegurados e defendeu a participação do Porto com 12% na empresa, argumentando que o município não deve adotar uma visão exclusivamente economicista em relação ao projeto.
A criação da Empresa Metropolitana de Transportes do Porto é um passo necessário para os 17 municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP), após a aprovação da proposta pelos autarcas em novembro de 2023. A nova empresa, denominada Transportes Metropolitanos do Porto (TMP), será responsável por gerir as competências de mobilidade da AMP e deverá integrar as funções do TIP – Transportes Intermodais do Porto, que atualmente gere o sistema Andante.
Com capital social de dois milhões de euros, repartido entre os municípios da AMP, a empresa contará com cerca de 60 trabalhadores e dois novos órgãos consultivos: o Conselho de Mobilidade Metropolitana e o Conselho Consultivo das Tecnologias para a Mobilidade.
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