O Dia de Todos os Santos, celebrado a 1 de novembro, é uma ocasião que varia de significado e forma de celebração em todo o mundo, refletindo as tradições culturais de cada país. Enquanto em muitos lugares é um momento de reflexão e homenagem aos que partiram, em outras culturas, a data se transforma numa festa cheia de cor e música.
Em países europeus como Portugal, Espanha, França, Luxemburgo, Itália e Polónia, a tradição envolve visitas aos cemitérios, onde os familiares limpam as campas e adornam os jazigos com flores, especialmente crisântemos. Este ritual carrega um tom mais intimista, proporcionando um momento de meditação sobre a vida dos entes queridos.
Contrapõe-se a isso a vibrante celebração do Dia dos Mortos no México, uma das festividades mais emblemáticas do país e reconhecida pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade desde 2003. Durante os dias 1 e 2 de novembro, as famílias mexicanas preparam altares coloridos com pratos favoritos dos falecidos, fotografias, velas e caveiras de açúcar, numa exuberante celebração da vida e da memória.
Nas Filipinas, o “Undas” remete a práticas semelhantes, onde muitos passam o dia ou a noite nos cemitérios com alimentos, velas e flores, criando um ambiente de comunhão com os mortos.
A Guatemala também oferece uma visão única da celebração, com moradores de Santiago Sacatepéquez lançando enormes pipas coloridas nos céus dos cemitérios, simbolizando a comunicação com os falecidos, enquanto as campas são decoradas e acompanhadas por música e danças.
As tradições africanas, embora diversas, compartilham o respeito pelos ancestrais. Em várias culturas, como os Bacongos, as homenagens incluem danças e orações, enquanto em partes da Tanzânia, os túmulos são adornados e o incenso é queimado para atrair boas energias.
Em suma, o Dia de Todos os Santos é um momento que, independentemente da forma como é celebrado, ressalta a importância da memória e da conexão com aqueles que já partiram, seja em silêncio ou em vibrante festividade.
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