COGE da Santa Casa da Misericórdia de Espinho pode deixar de realizar partos
COGE da Santa Casa da Misericórdia de Espinho pode deixar de realizar partos

COGE da Santa Casa da Misericórdia de Espinho pode deixar de realizar partos

Partilhar:

A Clínica Obstétrica e Ginecológica de Espinho (COGE) da Santa Casa da Misericórdia de Espinho (SCME) poderá deixar de efetuar partos. Numa lista, recentemente divulgada pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), a COGE efetuou, no ano passado, apenas 81 partos, dos quais 78 foram feitos por cesariana algo que contraria a intensão do Governo e as próprias orientações da Organização Mundial de Saúde.

Ser natural de Espinho, ou melhor, nascer em Espinho, pode ser um “estatuto” praticamente impossível num futuro próximo. Desde há vários anos, a COGE era a única clínica do concelho com capacidade para realizar partos. Contudo, em breve, tudo poderá mudar.

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, anunciou recentemente que “serão encerradas as maternidades privadas que não cumprirem as regras que a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS)” e que deverão estar definidas “até abril”.

O diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, já havia afirmado que estava a decorrer um trabalho que irá definir “regras transversais a todo o sistema de saúde” para que possa “garantir qualidade e segurança” e que poderiam levar ao fecho de alguns dos blocos de parto privados. É exigido que a esmagadora dos partos sejam feitos de forma natural, tendência contrariada atualmente na COGE.

“Poderemos deixar de realizar partos em função da legislação que venha a ser aprovada e das limitações que possam vir a ser impostas, por um lado e, por outro, se o número de partos for reduzido”, admite o provedor da SCME, Pedro Nelson G. de Sousa.

“Os hospitais públicos e algumas clínicas estão muito bem equipados e, por isso, a concorrência é muito maior”, considera o provedor da SCME que realça “o serviço de qualidade que a COGE tem vindo a prestar ao longo de 23 anos de atividade, sem o registo de qualquer incidente”. Sem certezas sobre o futuro, há pelo menos uma garantia: “Continuaremos a oferecer ótimas condições, com profissionais de referência e meios de diagnóstico complementares adequados e de qualidade”, garante o provedor da SCME.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *