A Confraria do Vinho do Porto anunciou, esta terça-feira, que ambiciona transformar a habitual regata de barcos rabelos de S. João num evento internacional, com periodicidade anual.
A celebrar 40 anos, a Confraria deu conta do novo projeto que visa promover o vinho do Porto e a cidade exteriormente, com a regata no rio Douro.
O chanceler da Confraria, George Sandeman, revelou que a organização “tem muito para oferecer”. Tem o objetivo de criar nos próximos anos um produto turístico atrativo para “celebrar o emblemático vinho do Porto e tornar as regatas num evento mediático internacional”.
“A regata, para além de ser única do Mundo, o que a torna já distinta, conta com barcos históricos e diferentes. Estes não têm quilha e foram construídos especialmente para trazer as pipas do vinho do Porto”, sublinhou.
“É uma enorme parceria”, disse George Sandeman acerca dos trabalhos já em marcha. “Várias empresas estão envolvidas. Desde as empresas dos barcos às casas do vinho do Porto, passando pelas Câmaras e pelos patrocinadores”, adiantou.
No dia de S. João, a regata volta a cruzar o rio Douro pelas 18 horas, contando com a participação de cerca de “14 barcos rabelos de várias empresas de Vinho do Porto, que, numa prova amigável, competem pela chegada mais rápida”.
Quem o diz é David Guimarães, vencedor da edição do ano passado e participante há 32 anos no evento simbólico: “É a minha 32ª regata. Já ganhei quatro vezes e fui desclassificado duas. Não sei da qual mais me orgulho, mas nós deliramos com o público a acompanhar nas margens”.
Enquanto que George Sandeman adiantou que as regatas são “imprevisíveis, uma vez que os ventos e as estratégias adotadas são diferentes todos os anos”, David Guimarães realçou “a oportunidade da Confraria fazer dos costumes portuenses um evento anual que celebre a cidade e as suas tradições”.