No contexto do mês dedicado à celebração da liberdade, a crise na habitação persiste como uma das questões mais prementes, ecoando os dilemas enfrentados por uma geração privada de um dos direitos mais fundamentais.
Em 2023, a crise se agravou, com impacto significativo nas rendas e nos créditos habitacionais, levando a manifestações em todo o país em busca de soluções para o setor.
Recentes dados do Instituto Nacional de Estatística revelam que, embora os preços da habitação tenham desacelerado no último ano, eles ainda mantêm uma tendência ascendente. Mais de 130 concelhos registaram um aumento de mais de 10% nos preços das casas.
Lisboa permanece como o concelho mais caro do país, com um valor médio por metro quadrado superior a 4.100 euros. Além disso, o Algarve destaca-se como uma das zonas mais dispendiosas para se viver, com seis dos dez concelhos algarvios apresentando valores de mercado elevados.
O maior aumento de preços em 2023 foi observado na região do Douro. No concelho de Armamar, em Viseu, o preço por metro quadrado aumentou surpreendentes 97%, atingindo agora os 400 euros, embora ainda esteja consideravelmente abaixo da média nacional.
Foto: DR