(Texto de Mariana Oliveira)
Celebrou-se ontem, dia 5 de dezembro, o Dia Internacional do Voluntariado. No Centro Paroquial de Mafamude, em Vila Nova de Gaia, foi realizado um encontro em torno do tema.
Elísio Pinto, Vereador da Câmara Municipal de Gaia, falou acerca da importância do voluntariado e da empatia.
“Temos de ser tolerantes uns com os outros. Nós não sabemos a dificuldade do nosso vizinho. Se me é permitida a ousadia, temos de estar mais atentos. Não digo isto por estarmos a viver uma época natalícia, de forma alguma, porque o voluntariado tem de ser praticado diariamente e acreditem que, praticar o voluntariado torna-nos mais fortes, mais tolerantes, mais humanos”, declarou o Vereador.
Ana Amorim, Secretária Executiva da Área Metropolitana do Porto, para explicar como funciona o voluntariado nesta zona, deu o exemplo do projeto “VOAHR Municípios”, “um projeto promovido pela Pista Mágica (…) que conta agora com 14 dos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto: Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Porto, Póvoa de Varzim, São João da Madeira, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, Trofa, Valongo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia”.
Filipa Pisco, da associação Pista Mágica, utilizou uma mensagem em japonês para simbolizar o significado, na sua perspetiva, de voluntariado.
“Alguém sabe o que significa kintsugi?”, perguntou Filipa Pisco à audiência. Não obtendo respostas, deixou o significado para o final do discurso: “Kintsugi é uma arte japonesa que, quando temos uma peça de cerâmica que se parte, é colada, restaurada, com um pó de ouro, ou seja, a peça partida ganha um valor acrescentado e era esta a mensagem que eu queria trazer-vos aqui, esta ideia de que os voluntários que temos aqui são este pó de ouro. Estão aqui a reparar ‘cerâmicas’ partidas, mas acrescentam um valor incrível ao voluntariado e ao Município de Vila Nova de Gaia”.
“Uma das experiências que me marcou de forma mais positiva foi ver, no Banco Alimentar, todos os voluntários a trabalhar em conjunto e a empacotar 10 toneladas de alimentos, é uma coisa absurda. Chegar ao final da atividade e ver todo o trabalho foi tão bonito, nem sei explicar”, afirmou emocionado Bernardo, um voluntário.
No final decorreu um concerto da banda Sim Somos Capazes e a entrega de diplomas a voluntários e associações ligadas ao voluntariado.