Cerca de 40.000 estudantes portugueses retornaram às salas de aula nesta quarta-feira, enfrentando um desafio persistente: a falta de professores. A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) revelou que, no mês passado, 32.000 alunos já vivenciavam essa situação, e a previsão é que mais de 800 professores se aposentem em janeiro.
Disciplinas cruciais, como informática, português, história e matemática no 3.º ciclo e ensino secundário, são as mais afetadas. A Fenprof destaca a necessidade urgente de valorizar a carreira dos professores e eliminar a precariedade para solucionar esse problema educacional.
A falta de docentes não apenas prejudica o desenvolvimento acadêmico dos estudantes, mas também ressalta a urgência de medidas concretas. A Fenprof enfatiza que a solução não está em diminuir o padrão de formação, mas sim em valorizar a profissão, além de criar incentivos para professores em áreas de alto custo de vida.
Essa situação evidencia a complexidade do cenário educacional, com 22,6% das escolas incapazes de completar o corpo docente durante o primeiro período. Menos da metade das escolas (41,3%) conseguiram preencher todas as vagas até o final de setembro. A Fenprof destaca que a palavra do ano, “Professor”, revelada pela Porto Editora, reflete o reconhecimento da sociedade ao papel vital desempenhado pelos educadores.