EDP não entra na Aldeia do concelho de Santo Tirso há 83 anos
EDP não entra na Aldeia do concelho de Santo Tirso há 83 anos

EDP não entra na Aldeia do concelho de Santo Tirso há 83 anos

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Desde há 83 anos, a reboque da iniciativa do padre da aldeia, a Cooperativa Eléctrica de Vilarinho, no concelho de Santo Tirso, é uma das nove no país que ainda hoje levam luz à casa dos respetivos fregueses. Na época, foi a forma de romper a escuridão das noites rurais nesta aldeia do concelho de Santo Tirso, hoje é um refúgio de bons preços e serviços modernos. Podia ir mais longe, chegar a outros consumidores, “só que a lei não deixa”.

Restam nove cooperativas de eletricidade fundadas nos primórdios do século passado. No tempo em que se faziam excursões em Lisboa, para ver os primeiros candeeiros elétricos no Chiado ou na Cidadela de Cascais, pelo aniversário do rei D. Carlos.

O interior do país ainda ficava mais longe e Vilarinho era uma freguesia tão desconhecida como hoje, mas já com gente ambiciosa. “Uma delas era o padre, mais meia dúzia de pessoas montaram a primeira cabine. Depois foi andando, foi andando… até hoje”, conta em versão reduzida Domingos Rebelo, o orgulhoso vice-presidente da Cooperativa Eléctrica de Vilarinho.

“Eram muitas, mas infelizmente foram falindo. Hoje são só nove e quase todas aqui no Norte”. A direção é eleita de quatro em quatro anos, a estrutura, os chamados “custos operacionais”, são mínimos e além disso, desde o ano passado o governo permitiu-lhes voltar ao mercado regulado. “É temporário”, mas permite enfrentar a incerteza do mercado e o impacto da guerra na Ucrânia.

Domingos Rebelo lamenta que a lei não lhe permita ir mais longe, “expandir a atividade”, é uma concessão para distribuir eletricidade à freguesia, foi assim que nasceu e, tudo indica, há de terminar do mesmo tamanho,- um exclusivo do 1600 habitantes da freguesia.

Como contrapartida, garante o responsável pela cooperativa, aposta-se na modernização. “Temos leitura automática há mais de 15 anos, enquanto a EDP ainda faz leituras casa a casa. Também estamos a instalar contadores inteligentes que medem o consumo de 15 em 15 minutos.”

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