Elevador da passagem superior do apeadeiro da Aguda volta a avariar, gerando frustração na população
Elevador da passagem superior do apeadeiro da Aguda volta a avariar, gerando frustração na população

Elevador da passagem superior do apeadeiro da Aguda volta a avariar, gerando frustração na população

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O elevador situado na passagem superior da parte leste do apeadeiro da Aguda, em Vila Nova de Gaia, encontra-se novamente avariado. A situação foi confirmada este domingo pela agência Lusa, que verificou no local o estado de inatividade do equipamento, essencial para a mobilidade da população. Este elevador, instalado como parte das obras de renovação da Linha do Norte, é apenas uma das várias infraestruturas contestadas pela população, que apelidou as passagens superiores e as torres de elevador de “mamarracho” e “muro de Berlim,” em referência à sua aparência e impacto na paisagem local.

A Infraestruturas de Portugal (IP), responsável pela instalação e manutenção do equipamento, foi contactada pela Lusa para prestar esclarecimentos, mas, até o momento, não houve resposta.

A população local há muito reivindica alternativas às passagens superiores pedonais, que, segundo dizem, criam barreiras à mobilidade. Em 2022, após sucessivos protestos, a IP lançou um concurso para um estudo de viabilidade de passagens inferiores, estimado em 50 mil euros. No entanto, o concurso ficou deserto, e um novo procedimento foi anunciado para breve. Até lá, os moradores da Aguda e da Granja terão de aguardar uma solução definitiva para as dificuldades de acesso.

As avarias frequentes dos elevadores agravam a situação, especialmente para pessoas com mobilidade reduzida, que ficam sem meios adequados de transposição da linha ferroviária. A obra de renovação da Linha do Norte entre Espinho e Vila Nova de Gaia, iniciada em 2020, representa um investimento substancial, com custos que subiram de 55,3 milhões de euros para cerca de 75 milhões de euros, segundo as revisões contratuais. A intervenção incluiu melhorias como a substituição da superestrutura da via, alterações nas estações e apeadeiros da região, novas vias de resguardo para mercadorias e a substituição de passagens de nível.

Apesar de os trabalhos de requalificação da Linha do Norte visarem a modernização e a segurança da via, a população das localidades afetadas continua a reivindicar uma solução que elimine as barreiras arquitetónicas criadas pelas novas passagens e garanta uma mobilidade mais inclusiva.

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