A siderúrgica Megasa voltou a suspender a produção na sua unidade da Maia desta vez no período noturno, para fazer face aos preços da eletricidade e gás natural “que tornam a atividade insustentável”, tendo proposto medidas ao Governo para mitigar estes custos.
Fonte oficial do grupo, dono da Siderurgia Nacional, deu conta que a “crise energética” está “a afetar o setor siderúrgico, em particular, a Megasa”, não só na Maia, como também no Seixal..
Assim, “a produção encontra-se parada no período noturno (entre 10 e 14 horas diárias) devido aos preços da eletricidade e do gás natural que tornam a atividade insustentável no imediato. Não é uma decisão que a empresa tome de ânimo leve, mas o contexto assim o determina”, destacou.
A mesma fonte realçou que a empresa se encontra “a trabalhar com o Governo para encontrar soluções que permitam ultrapassar esta situação”.
Em março deste ano Megasa suspendeu a atividade nas fábricas do Seixal e da Maia devido ao aumento dos preços da eletricidade, da qual é o principal consumidor em Portugal.
Num comunicado nessa altura, a dona da Siderurgia Nacional referia que “o agravamento da crise energética provocada pela guerra e o consequente aumento radical dos preços de eletricidade e de gás natural levaram a Megasa a suspender atividade nas fábricas do Seixal e da Maia”, precisando que a paragem afetou “a totalidade da atividade produtiva na Maia..”
A empresa retomou a produção algumas semanas depois, tendo antecipado “a paragem anual que costuma fazer durante o verão”, referiu. Ou seja, os trabalhadores gozaram um “período de férias” e, por isso, não ficaram em ‘lay-off’.