Texto escrito por Tiago Vasques Ribeiro
A direção do Jardim-Escola João de Deus, em Vila Nova de Gaia, denunciou, esta segunda-feira (13 de junho), ter sido alvo de entradas forçadas e vandalismo. Queixa-se ainda de falta de ação pelas forças policiais e pelo poder político.
“Este fim de semana prolongado, o jardim-escola voltou a ser alvo de várias entradas forçadas no recinto, voltou a ser casa de banho em vários cantos, voltou a ver o seu espaço vandalizado, voltaram a subir ao telhado para desviar as câmaras e, até, atearam fogo num dos cantos do campo polidesportivo”, refere Frederico Neves, diretor executivo da escola, numa carta dirigida à Câmara de Vila Nova de Gaia, à Junta de Freguesia de Mafamude e Vilar do Paraíso, ao Programa Escola Segura da PSP e à provedora do cidadão, e a que a Lusa teve acesso.
“Está deliberadamente e irresponsavelmente [queixa do jardim-escola] a ser ignorada quer pelo poder político, quer pelas chefias da PSP que continuam a não incluir as ruas do jardim-escola e das casas vizinhas ao bairro Cabo-Mor nas rondas de caráter obrigatório”, sublinha o diretor.
Na quinta-feira passada (9 de junho), a direção afirmou ter chamado as autoridades devido a estarem a “arrancar selvaticamente” um dos gradeamentos e, depois das mesmas terem demorado mais de 30 minutos, não identificaram os autores.
“O argumento de serem menores não é válido, pois existem casas de correção de menores por alguma razão, estas crianças e jovens amanhã serão adultos e poderá a sociedade estar sujeita a tal? Apenas porque não se quis fazer um trabalho corretivo enquanto crianças e jovens?”, acrescentou.
Questionada pela Lusa, a Câmara de Gaia afirmou que lhe têm chegado “alguns relatos de munícipes de situações de ruído, vandalismo, insultos e outros eventos que, por vezes, tornam a convivência menos salutar do que seria desejável”.