Membros do executivo municipal de Matosinhos, incluindo a presidente Luísa Salgueiro, receberam uma carta anónima acusando-os de corrupção num concurso de eficiência energética para o sistema de iluminação pública, atualmente impugnado. A denúncia alega que alguns executivos teriam garantido a vitória da empresa vencedora em troca de subornos de 400 a 500 mil euros, supostamente recebidos por Salgueiro e a vereadora Manuela Álvares.
O autor da denúncia afirma haver provas de reuniões entre os envolvidos para negociar as comissões. Confrontada, a Câmara de Matosinhos negou categoricamente as acusações, classificando-as como “caluniosas e infundadas”, sem qualquer prova de práticas ilícitas. A carta foi encaminhada ao Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC) e ao Ministério Público para investigação.
A câmara esclareceu que sete empresas concorreram, quatro foram excluídas por falhas documentais e duas por não cumprirem os critérios técnicos. A empresa vencedora apresentou uma proposta de 16 milhões de euros, mas uma das concorrentes impugnou administrativamente o concurso, suspendendo temporariamente o processo.
Os vereadores do PSD de Matosinhos, Bruno Pereira e Filomena Martins, também encaminharam uma exposição ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), solicitando apuração das alegações.
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