A família de Diana Santos, emigrante portuguesa assassinada e desmembrada no estrangeiro, enfrenta o desafio de custear entre 6.000 e 7.000 euros para a trasladação do corpo para Portugal ou contratar um serviço funerário português para o transporte.
“Não temos esse dinheiro. A única solução é criar uma conta solidária para trazer o corpo da minha filha para Portugal”, revelou Horácio Santos, pai de Diana, ao jornal luxemburguês Contacto, destacando que a família “não tem possibilidades” de arcar com essa quantia.
Horácio fez um apelo às autoridades luxemburguesas e à comunidade, buscando contribuições para juntar o montante necessário, a fim de auxiliar a família na trasladação do corpo. “Os emigrantes portugueses estão sensibilizados para o caso e a Diana tinha amigos tanto no Luxemburgo como em Portugal. Qualquer valor já é uma ajuda”, salientou.
A família deseja que o corpo de Diana seja enterrado em Vila do Conde, cidade onde vivem a mãe e o filho. “Já falei com o Francisco [filho de Diana] e ele está de acordo. Ele quer a mãe aqui”, destacou o pai.
Apesar de a família ter assumido a responsabilidade pela trasladação, Horácio tentou contactar a embaixada portuguesa em busca de assistência, mas ainda não obteve resposta. “Não me atendem o telefone. Não sabemos se podemos contar com essa ajuda. É complicado”, sublinhou.
A investigação sobre o caso está a cargo das autoridades luxemburguesas, e apenas um suspeito foi detido até agora. Trata-se de Said Banhakeia, cidadão marroquino de 48 anos, em prisão preventiva desde outubro de 2022. O homem é tio de Gibran, alegado marido de Diana, que está desaparecido após um casamento arranjado.
O crime ocorreu em setembro de 2022, quando o corpo de Diana foi desmembrado, com partes encontradas em Mont-Saint-Martin, na fronteira francesa com o Luxemburgo. Em novembro do mesmo ano, outras partes foram encontradas na fronteira alemã com o Luxemburgo, mas a família não tem informações claras sobre o que foi encontrado nesse país.
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