(Texto de Mariana Oliveira)
Ocorreu, ontem, dia 22 de dezembro, a cerimónia do auto de consignação da empreitada de construção do Pavilhão Multiusos dos Arcos do Sardão, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Gaia. O equipamento vai unir a prática e a formação desportiva à realização de eventos, sendo uma oportunidade para centralizar alguns eventos da região, com retorno económico.
O Pavilhão Multiusos dos Arcos do Sardão é o único que se apresenta como multiusos e nele poderão ser realizados jogos de futebol de salão, andebol, basquetebol e voleibol. Terá ainda uma sala de imprensa, gabinete médico, gabinete de controlo antidoping, camarins, parque de estacionamento, entre outras divisões. A lotação rondará as três mil pessoas, para espetáculos e 930 espetadores (dez de mobilidade reduzida e/ou condicionada), como recinto desportivo, sendo que o palco será amovível.
No início da sessão, foi divulgado um vídeo sobre como irá ser a aparência e o funcionamento do Pavilhão Multiusos dos Arcos do Sardão, com localização prevista junto à Estrada Nacional 222, entre a Rua Arcos do Sardão e a Avenida Vasco da Gama.
Depois de assinado o auto de consignação com a construtora ABB, o Presidente da Câmara Municipal de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, discursou sobre aquilo que irá ser o Pavilhão.
“Não se trata duma vaidade pontual do município ou da vontade de querer ter mais um pavilhão, não é nada disso, mas é um equipamento absolutamente bonito e faz interseção entre o miolo urbano e o miolo interior, uma zona de transição”, garantiu Eduardo Vítor Rodrigues.
O objetivo do Presidente da CM de Gaia é desenvolver projetos que “afirmem Vila Nova de Gaia, em termos urbanísticos e em termos arquitetónicos, no contexto metropolitano, distrital e no país”.
O Presidente falou ainda acerca de “abordagens populistas”, dando a sua opinião.
“Reflito sempre com os meus colegas sobre o que é que é prioritário para o município, porque verdadeiramente pode sempre dizer-se, como é comum em abordagens populistas, que enquanto houver, nem que seja uma pessoa a passar fome, nós não devemos fazer mais nada do que garantir todas as condições para ultrapassar essa dificuldade”.
Acrescentando que “Em termos abstratos é verdade, mas também é verdade que não é compatível uma imobilização do investimento em nome duma abordagem existencialista ou da ilusão, de que se não fizermos uma determinada coisa resolvemos um problema de necessidades básicas, sabe-se que não é assim”.
No final, o Presidente da Câmara Municipal de Gaia teceu elogios e exprimiu os seus desejos relativamente a este novo projeto orçado em 8,5 milhões de euros.
“Esta não é uma obra qualquer. É uma obra que, garantidamente, fará parte das melhores obras da ABB e queremos muito que corra com toda a normalidade, que seja um marco em Vila Nova de Gaia, arquitetónico será com certeza. Que projete o município para o exterior e que requalifique aquela zona a que estamos a dar muita importância”.