Gaia e Matosinhos lideram desagregação de freguesias, mas Gaia enfrenta revés significativo

Os concelhos de Vila Nova de Gaia e Matosinhos destacam-se como líderes no processo de desagregação de freguesias, que promete transformar o panorama autárquico após as eleições do próximo ano. Gaia deverá ganhar 12 novas freguesias autonomizadas, enquanto Matosinhos avançará com 10, consolidando-se como exemplos de reorganização administrativa no país.

No entanto, em Gaia, um dos processos mais emblemáticos enfrenta um revés importante. A União de Freguesias de Sandim, Olival, Lever e Crestuma, que estava prestes a ser desfeita, foi marcada por uma reviravolta inesperada. Durante a votação no grupo de trabalho da Assembleia da República, o PSD alterou o seu posicionamento, criando incerteza quanto à desagregação desta união. A mudança surpreendeu os envolvidos e poderá atrasar ou mesmo inviabilizar a autonomização das freguesias.

Enquanto isso, Matosinhos continua a avançar de forma consistente no processo, com o apoio da comunidade local e sem grandes entraves burocráticos. Este concelho reforça a sua posição como modelo de sucesso na implementação da nova reorganização administrativa.

A desagregação de freguesias tem como objetivo devolver autonomia e maior capacidade de gestão às comunidades locais. No entanto, os desafios enfrentados em Gaia evidenciam a complexidade deste processo, que exige uma sintonia fina entre os diferentes níveis de decisão política e a vontade das populações.

Com as eleições autárquicas do próximo ano no horizonte, será determinante observar como estes processos se desenrolam, bem como o impacto que terão na governação local e na relação das comunidades com as suas juntas de freguesia.

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