O Primeiro-ministro, António Costa, anunciou ontem um plano de reabertura “a conta-gotas”, considerando que neste momento se pode falar “com segurança” de uma “reabertura progressiva da sociedade”.
António Costa falava aos jornalistas, desde o Palácio da Ajuda, em Lisboa, no final do Conselho de Ministros que esteve desde ontem de manhã reunido para aprovar o plano do Governo de desconfinamento do país.
O primeiro-ministro disse que chegou o momento de, “com segurança”, falar de um “plano de reabertura progressiva da sociedade portuguesa”, uma “reabertura a conta-gotas”.
As creches e as escolas até ao 1.º ciclo, cabeleireiros, livrarias e o comércio de bens não essenciais (ao postigo) serão os primeiros sectores de atividade a abrir. Os restantes sectores desconfinarão, até 3 de maio, de forma “prudente, cautelosa e gradual”, consoante a avaliação de risco de cada atividade e as datas estabelecidas com os especialistas.
António Costa, revelou que apesar das condições para se iniciar uma reabertura cautelosa, o dever geral de confinamento vai permanecer em vigor até à Páscoa, ficando ainda proibida a circulação entre concelhos entre os dias 26 de março e 5 de abril.
As medidas de confinamento que vão permanecer em vigor terão uma aplicação “tão local quanto possível”, com regras mais apertadas para os concelhos mais atingidos, assim como para os concelhos limítrofes, detalhou o chefe do Executivo.
Quanto à duração do dever geral de confinamento, Costa esclareceu que este manter-se-á até à Páscoa e, “nessa altura”, será feita uma reavaliação “sobre se se justifica ou não”. Certo é que “só há dever geral de confinamento se houver estado de emergência”, precisou o primeiro-ministro, recordando que sem o chapéu deste regime de exceção é apenas possível impor o “dever cívico de recolhimento”.
A “reabertura da sociedade” tem início na próxima segunda-feira, 15 de março, que passa também a ser permitido o comércio ao postigo, e é dada luz verde à reabertura de estabelecimentos de cuidados de beleza e livrarias.