O Governo, em conjunto com quatro das principais confederações empresariais e a UGT, assinou esta terça-feira um novo acordo tripartido que visa a valorização salarial e o crescimento económico entre 2025 e 2028. A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) decidiu não aderir, mantendo a posição adotada no acordo anterior.
O acordo conta com a assinatura da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), Confederação do Turismo Português (CTP) e Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP). No lado sindical, apenas a União Geral de Trabalhadores (UGT) aderiu ao acordo, enquanto a CGTP voltou a recusar-se a participar.
O Governo, representado pelo primeiro-ministro e pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, comprometeu-se a um plano de aumentos salariais, que inclui uma subida anual de 50 euros no salário mínimo até 2028. No próximo ano, o salário mínimo bruto será aumentado para 870 euros, um incremento de 6,1% em relação ao valor atual de 820 euros, e de 15 euros a mais do que o acordado no pacto anterior (855 euros).
O plano prevê ainda novos aumentos, com o salário mínimo a atingir 920 euros em 2026, 970 euros em 2027 e 1.020 euros em 2028, reforçando o compromisso do Governo com a valorização dos rendimentos dos trabalhadores.
Este acordo surge num contexto de necessidade de ajustamento salarial para compensar o impacto da inflação e apoiar o crescimento económico, embora a ausência da CGTP marque uma divergência significativa nas negociações laborais em Portugal.
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