
Governo recua nível de resposta de contingência para situação de alerta
17/07/2022Governo decidiu este domingo não prolongar a situação de contingência devido ao risco de incêndios, que já estava em vigor há uma semana. De acordo com a Lei de Bases da Proteção Civil, este era um nível intermédio entre a situação de alerta — o nível menos grave e em que Portugal vai passar a estar — e a situação de calamidade, o patamar mais elevado.
A decisão foi anunciada esta manhã pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, depois ter estado reunido, por videoconferência, com os ministros da Defesa, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Saúde, do Ambiente e Ação Climática e da Agricultura e da Alimentação para avaliar as medidas adotadas.
“Decidimos, em articulação com o primeiro-ministro e com o Presidente da República, que este momento exige que adotemos a situação de alerta. Ou seja, podemos baixar o nível de exigência na mobilização de recursos e de meios, dadas as condições mais favoráveis, como a diminuição das temperaturas — que podem baixar entre os dois e os oito graus – e a reposição dos níveis de humidade, nomeadamente no período noturno”, declarou José Luís Carneiro.
O ministro da Administração Interna sublinhou que esta é uma “pequena janela de oportunidade para ajustar os meios e restabelecer as forças para o que for necessário até ao fim do verão”, antecipando que o país vai atravessar “outros momentos exigentes, como os que [teve] nos últimos dias”. “Tenderão a repetir-se”, vaticinou.
O governante detalhou que a situação de alerta será determinada até ás 23h59 de terça-feira, uma vez que está previsto que no dia seguinte as temperaturas possam voltar a subir. Ao final da tarde de terça-feira será feita uma “nova reavaliação das condições climatéricas e de outros fatores de risco para os incêndios florestais”, em conjunto com a Proteção Civil, para aferir se deve ser mantida a situação de alerta ou retomado o nível de contingência.