Nesta quarta-feira, os trabalhadores do Global Media Group (GMG) estão em greve, marcando o último dia para adesão às rescisões voluntárias. A paralisação visa expressar repúdio pela intenção de despedir até 200 profissionais e reforçar a defesa do jornalismo.
Convocada pelo Sindicato dos Jornalistas (SJ), pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE-Norte) e pelo Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT), a greve abrange todos os trabalhadores, independentemente da função.
Os sindicatos afirmam que a greve é uma manifestação de repúdio pelos planos de despedimento e pelos efeitos negativos que terão nas diversas publicações e empresas do GMG. Em dezembro, a Comissão Executiva do GMG anunciou a intenção de negociar rescisões com 150 a 200 trabalhadores, alegando a necessidade de reestruturação para evitar a falência do grupo.
Os trabalhadores enfrentam a falta de pagamento do salário de dezembro e do subsídio de Natal, que a administração propôs pagar em duodécimos ao longo do ano, violando a legislação. Além disso, o GMG anunciou o fim das prestações de serviços a partir de janeiro.
O protesto inclui concentrações em Porto e Lisboa, com os trabalhadores a expressarem o seu descontentamento pela gestão do GMG, acusando a administração de desrespeito pelos colaboradores.