A greve na Função Pública convocada para esta segunda-feira poderá provocar perturbações em diversos serviços, incluindo notariado, finanças, saúde, justiça e educação. A paralisação, organizada pela Federação Nacional de Sindicatos Independentes da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesinap), abrange trabalhadores da administração central, regional e local, e reflete um crescente descontentamento em áreas essenciais da administração pública.
A adesão poderá ser particularmente significativa nos serviços do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), na Autoridade Tributária e na Agência para a Modernização Administrativa (AIMA), onde há insatisfação devido ao elevado volume de trabalho. No entanto, os setores de saúde, justiça e educação também poderão enfrentar dificuldades, afetando o atendimento ao público e os serviços essenciais.
O vice secretário-geral da Fesinap, Hélder Sá, afirmou que embora seja difícil antecipar a adesão total, os setores da educação e do SNS podem ter uma participação mais baixa devido aos recentes dias de greve, que impactaram financeiramente os trabalhadores. No entanto, destaca que áreas como justiça e finanças deverão sentir maior impacto.
Entre as principais reivindicações da Fesinap estão o aumento de um nível remuneratório para trabalhadores com mais de 10 anos de serviço, revisão do sistema de avaliação SIADAP, reposição de pontos para progressão na carreira, e a criação de um cartão refeição de 10,20 euros diários, isento de impostos. Hoje, a secretária de Estado da Administração Pública volta a reunir-se com estruturas sindicais para tentar encontrar uma solução, após o impasse nas negociações anteriores.
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