O incêndio que atingiu o concelho de Arouca na semana passada devastou cerca de 6.000 hectares de floresta, o equivalente a 20% da área total do município. A presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, informou que o levantamento exato da área ardida ainda está em curso, mas já se estima a enorme dimensão dos danos. A mancha verde destruída corresponde a aproximadamente 17% da cobertura florestal do concelho, que é parte integrante do Geoparque da UNESCO.
Quanto ao impacto económico, Margarida Belém revelou que os prejuízos começaram a ser contabilizados mesmo com o incêndio ainda ativo, nas áreas já sem fogo. No entanto, a avaliação total só será concluída nos próximos dias, com muitos agricultores e proprietários de terrenos florestais a reportarem perdas significativas em maquinaria e utensílios.
“Esperamos que até o final desta semana tenhamos um panorama mais claro dos danos”, afirmou a autarca, que destacou a necessidade de rápidas compensações para os afetados e a urgência em implementar medidas de segurança nas zonas devastadas. Em coordenação com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), a Câmara está a trabalhar para garantir o acesso a apoios financeiros e acelerar os processos de ressarcimento.
Além disso, o município já tem três equipas de sapadores florestais no terreno para realizar operações de limpeza e estabilização de encostas, prevenindo problemas como deslizamentos de terra e queda de árvores, especialmente com as chuvas previstas para os próximos dias.
Entre as consequências mais imediatas do incêndio está o encerramento dos Passadiços do Paiva e da ponte suspensa de Arouca, importantes pontos turísticos que permanecerão fechados por tempo indeterminado até que seja possível garantir a segurança dos visitantes.
Foto: DR