Infeções Sexualmente Transmissíveis Aumentam Drasticamente em Portugal, Especialmente Entre os Jovens

Infeções Sexualmente Transmissíveis Aumentam Drasticamente em Portugal, Especialmente Entre os Jovens

07/03/2025 0 Por Rmetropolitana

As infeções sexualmente transmissíveis (IST) registaram um aumento significativo em Portugal e no resto da Europa, com especial incidência entre os jovens com idades entre os 15 e os 24 anos. 

Nos últimos dez anos, os casos cresceram mais de dez vezes em território nacional, colocando Portugal entre os países mais afetados. A multiplicidade de parceiros sexuais e a diminuição da utilização do preservativo são apontadas como as principais causas desta tendência preocupante.

Entre 2013 e 2023, o número de casos de sífilis duplicou na União Europeia, enquanto os de gonorreia registaram um aumento impressionante de 300%, transformando estas infeções num grave problema de saúde pública.

Em Portugal, os dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) revelam que, em 2023, foram registados mais de dois novos casos diários de gonorreia e sífilis apenas na faixa etária dos 15 aos 24 anos, um valor cerca de doze vezes superior ao registado em 2013.

A probabilidade de contrair infeções sexualmente transmissíveis varia consoante as práticas sexuais adotadas, sobretudo quando envolve a troca de fluidos e o contacto direto entre mucosas. Qualquer pessoa sexualmente ativa está em risco, sendo o uso de preservativo a principal forma de prevenção recomendada pelas autoridades de saúde.

As IST são frequentemente assintomáticas, o que dificulta o diagnóstico precoce e favorece a sua propagação. A sífilis, causada por bactérias, pode ter consequências graves se não for tratada, incluindo demência, paralisia e problemas cardíacos. 

Por sua vez, o vírus do papiloma humano (HPV) possui várias estirpes, sendo a mais perigosa o HPV 16, associado a um risco elevado de desenvolver cancro.

Embora os jovens constituam a faixa etária mais afetada, os casos de infeções sexualmente transmissíveis aumentaram em todas as idades na última década. 

Estes dados sublinham a necessidade urgente de reforçar as campanhas de sensibilização e prevenção, promovendo a importância do uso consistente do preservativo e do acesso facilitado a rastreios e tratamentos adequados.

Notícia desenvolvida por Mariana Mesquita

Foto SNS