Os jornalista reunidos no 5º Congresso de Jornalistas, aprovaram este domingo de forma unânime uma greve geral, conferindo ao Sindicato dos Jornalistas a responsabilidade de definir a data para a paralisação. A proposta de greve geral foi aprovada durante a tarde, nos momentos finais do Congresso do Jornalismo, com os congressistas aclamando e aplaudindo a decisão.
A moção destaca o agravamento das condições de trabalho para os jornalistas em Portugal, salientando baixos salários, precariedade, longas jornadas de trabalho e, por vezes, situações de pressão e agressão. Diante desse cenário, considera-se que, “num momento muito grave para o jornalismo”, são necessários “gestos consentâneos”.
“O momento é agora. Devemos parar. Simplesmente parar. Exigir que finalmente sejamos ouvidos. Abandonar a produção de notícias, interromper transmissões ao vivo, sair das redações, das conferências de imprensa e das ações de campanha. Não colocar jornais nas bancas, não transmitir notícias nas rádios, não apresentar o telejornal, não publicar nas redes sociais. Vamos mostrar a essencialidade do nosso trabalho. Avancemos juntos, sem deixar ninguém para trás”, afirma a moção.
A possibilidade de a greve geral coincidir com a campanha eleitoral, conforme previsto na moção, foi objeto de debate entre os congressistas. Por fim, decidiu-se que será o Sindicato dos Jornalistas a determinar a data e convocar a greve geral.