José Cid acaba de publicar o seu 25º álbum de estúdio
José Cid acaba de publicar o seu 25º álbum de estúdio

José Cid acaba de publicar o seu 25º álbum de estúdio

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Aos textos de Arnaldo Trindade, Natália Correia ou Sophia de Mello Breyner Andresen juntou Federico García Lorca (cujos textos já havia cantado em jeito de homenagem) e os seus, entre outros, que em ambientes entre o rock sinfónico e o progressivo ganharam forma em 20 novas canções.

A pandemia trouxe o tempo, a disponibilidade e a motivação para José Cid se lançar a um disco que faz questão de distanciar de 10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte.

Juntou ainda parcerias com bandas como os Ganso ou os Prana, escreveu um tema com To Zé Brito e Inês Maria Meneses e, entre os óleos da mulher Gabriela Carrascalão, José Cid encontrou um quadro que, com uma importante adaptação, fez a capa do seu 25º álbum de estúdio.

“Este álbum é conclusivo da minha vida, da minha carreira”, avisa Cid, mas confirma que já tem outras ideias e um outro disco na forja.

Com o produtor (e guitarrista) Xico Martins encontrou, perto de chegar aos 80 anos, o caminho para este “Vozes do Além” gravado no seu estúdio todo em registo analógico.

Agora vai apresentar a nova obra ao vivo e já há datas para três espetáculos: 4 de dezembro, às 21h30, no Pavilhão Desportivo em Anadia, 17 de dezembro, às 21h30, no Hard Club, no Porto e 18 de dezembro, às 21h30, no Capitólio em Lisboa.

Apesar da ligação musical com o disco de 78, Cid recusa ver em “Vozes do Além” uma marca conceptual. “Não tem nada que ver com ‘10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte’. Este álbum é diferente e não conta uma história com princípio, meio e fim, como o ’10.000 anos […]’, mas uma história por cada poeta. Cada poeta tem a sua opinião concreta sobre o que é a vida depois da morte. Cada tema é um mundo, cada tema por si é concetual”, disse à Lusa.

Em entrevista ao “Correio da Manhã”, o músico justifica esta inflexão com a sua heterogeneidade estilística – “romântica, popular, jazz, rock ou fado” -, admitindo que é “um artista que não se coíbe de fazer um disparate”. “Gosto de fazer coisas que ninguém está à espera. No meio de poesia sublime escrever, por exemplo, o ‘Favas com Chouriço’ ou o ‘Macaco Gosta de Banana’. Gosto de acordar um dia astronauta e outro camionista. Não quero ser igual, quero ser sempre incoerente”, defende o cantor. 

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