O tão aguardado leilão dos terrenos contíguos ao Estádio do Bessa, no Porto, que incluem os campos de treino do Boavista, clube da Primeira Liga de futebol, chegou ao seu término hoje com um desfecho abaixo das expectativas. As licitações não atingiram os 4,9 milhões de euros (ME) estipulados como o mínimo necessário para a transação.
Segundo informações obtidas do portal digital e-leilões na Internet, o lance mais alto registrado desde o início do leilão, em 27 de março, foi de 3,3 ME, distante da soma mínima requerida para a aquisição do imóvel completo, cujo valor de abertura era de 2,9 ME, fixando o montante base em 5,7 ME.
O leilão, que decorreu até às 10:00 de hoje, envolveu terrenos com uma área superior a 22,5 mil metros quadrados, abrangendo os campos de treino do Boavista, além de outras instalações desportivas e um parque de estacionamento público subterrâneo.
No comunicado divulgado em 28 de março, a direção do clube justificou a venda em hasta pública devido a uma “dívida a uma instituição bancária”, remontando ao período da construção do Estádio do Bessa, inaugurado em dezembro de 2003. A gestão liderada por Vítor Murta, que cessou funções em 30 de abril, assegurou que este seria mais um desafio a ser enfrentado e resolvido pela atual administração.
Apesar das tentativas, a agência Lusa não conseguiu contato com Vítor Murta. Ele continua à frente do clube, apesar de ter encerrado um mandato de quatro anos como presidente do conselho de administração da SAD do Boavista. O próximo líder da sociedade, responsável pela gestão do futebol profissional do 14.º colocado da Primeira Liga, deve ser anunciado a partir das 18:30 de hoje, durante uma Assembleia Geral de acionistas no Estádio do Bessa. A eleição dos órgãos sociais para o mandato 2024-2026 é o primeiro ponto da ordem de trabalhos.
Foto: DR