Este sábado de manhã, centenas de trabalhadores do Norte e Centro do país uniram-se numa manifestação no Porto, exigindo o aumento dos salários e das pensões, bem como a defesa dos serviços públicos e das funções sociais do Estado. A ação, que faz parte de uma manifestação nacional descentralizada, teve lugar pela manhã na cidade do Porto e terá continuidade à tarde em Lisboa, sendo considerada o “culminar de um mês de mobilização e luta”.
Filipe Pereira, dirigente da União dos Sindicatos do Porto (USP), ligada à CGTP-IN, afirmou à agência Lusa que a manifestação resultou de um intenso trabalho de esclarecimento e ação reivindicativa nos locais de trabalho. “Estamos a falar de milhares de trabalhadores que, ao longo deste mês, discutiram e se mobilizaram em torno de questões como o aumento dos salários, das pensões e a defesa das funções públicas e sociais do Estado”, disse o sindicalista.
A principal crítica do movimento sindical é dirigida às políticas do atual Governo, que, segundo Pereira, têm “perpetuado e até intensificado uma política de baixos salários”, afetando não apenas os trabalhadores, mas a população em geral. O dirigente sublinhou que as questões em jogo têm um impacto direto no bem-estar da população e no funcionamento de serviços essenciais à sociedade.
A manifestação visou, assim, dar voz a estas preocupações e reforçar a exigência de uma mudança nas políticas sociais e económicas, apelando ao Governo para que priorize o aumento de salários e pensões, além da proteção e melhoria dos serviços públicos.
Os manifestantes, representando diversos setores, destacaram também a necessidade de uma política que valorize os trabalhadores e as funções sociais do Estado, fundamentais para a coesão social e o bem-estar da população.
Foto: CGTP