Chefe de Estado diz que rejeição do Orçamento “dividiu por completo a base de apoio do Governo”.
O Presidente da República anunciou esta quinta-feira a dissolução da Assembleia da República, indicando a data de 30 de janeiro para a realização das eleições legislativas antecipadas.
Sobre a escolha da data, Marcelo Rebelo de Sousa mencionou a necessidade de “sensatez”, afirmando que a realização de debates na época de Natal e do Ano Novo poderiam contribuir para a abstenção.
Marcelo Rebelo de Sousa lembrou a situação única de chumbo de uma proposta de Orçamento do Estado, referindo também que avisou por várias vezes qual a consequência: a dissolução do Parlamento.
A rejeição deixou sozinho a votar o Orçamento o partido do Governo. A rejeição dividiu por completo a base de apoio do Governo mantida desde 2015″, afirmou, lembrando os votos contra de PCP e Bloco de Esquerda, partidos que, com o PS, formaram a chamada Geringonça entre 2015 e 2019, sendo que os comunistas ajudaram a viabilizar o Orçamento para 2021, abstendo-se na votação, que já teve o voto contra dos bloquistas.
Deixando claro que pretendia que a proposta passasse, foi também taxativo a dizer que “não havia terceira via de um novo Orçamento”.
Todos dispensávamos mais uma eleição poucos meses depois de outra”, disse, lembrando as Presidenciais de janeiro, nas quais foi reeleito.