Marcelo diz que maioria do PS é “vantagem rara” que deve ser aproveitada, com “responsabilidade absoluta”
Marcelo diz que maioria do PS é “vantagem rara” que deve ser aproveitada, com “responsabilidade absoluta”

Marcelo diz que maioria do PS é “vantagem rara” que deve ser aproveitada, com “responsabilidade absoluta”

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, avisou este domingo que só o Governo e a sua maioria “podem enfraquecer ou esvaziar” a estabilidade política existente em Portugal, considerando que a maioria absoluta dá ao executivo “responsabilidade absoluta”.

“Está ao nosso alcance tirarmos proveito de uma vantagem comparativa — que é muito rara na Europa e no mundo democrático — e que se chama estabilidade política, ademais com um Governo de um só partido com maioria absoluta, mas, por isso mesmo, com responsabilidade absoluta”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa na tradicional mensagem de Ano Novo aos portugueses, que este ano foi gravada na Embaixada de Portugal em Brasília, já que viajou até ao Brasil para a tomada de posse do Presidente Lula da Silva.

Para o Presidente da República, só o Governo e a sua maioria “podem enfraquecer ou esvaziar” a estabilidade política “ou por erros de orgânica, ou por descoordenação, ou por fragmentação interna, ou por inação, ou por falta de transparência, ou por descolagem da realidade”.

“Está ao nosso alcance tirarmos proveito, neste tempo de guerra e de instabilidade noutras paragens, da situação privilegiada de paz e de segurança, para atrairmos turismo, investimento externo e localização de recursos humanos qualificados”, defendeu.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, está também ao alcance de Portugal tirar “proveito de fundos europeus que são irrepetíveis e de prazo bem determinado”.

“Ora, tudo isto está ao nosso alcance. E nunca me cansarei de insistir que seria imperdoável que o desbaratássemos”, avisou.

Por isso, salientou, o ano que agora começa “é decisivo”.

“Se o perdermos, em intervenção internacional, em atuação europeia, em estabilidade que produza resultados e que seja eficaz, em oportunidade de atração de pessoas e meios, em uso criterioso e a tempo de fundos europeus, de nada servirá a consolação de nos convencermos de que ainda temos 2024, 2025 e 2026 pela frente”, afirmou.

Insistindo que “um 2023 perdido compromete, irreversivelmente, os anos seguintes”, Marcelo Rebelo de Sousa recordou este será “o único ano, até 2026, sem eleições nacionais ou de efeitos nacionais”.

“2024, 2025 e 2026 serão um longuíssimo período de constante campanha pré-eleitoral e eleitoral”, antecipou.

O chefe de Estado defendeu ainda que ao alcance de Portugal estão ações “para ajudar a encurtar a guerra [na Ucrânia], mas de modo a nela vencerem os valores e os princípios do Direito Internacional, e nunca deixando de criar condições para preparar o pós-guerra”.

“Está ao nosso alcance, prevenirmos o risco do regresso da pandemia [de covid-19]. Está ao nosso alcance, defendermos, com outros, as reformas da Europa, sem as quais não garantiremos a sua resposta económica e financeira, a sua preparação para mais alargamentos, e o que é essencial, o seu reforço no mundo até para garantir a paz”, disse.

Dirigindo-se diretamente aos portugueses, o Presidente da República enfatizou que este “tem de ser um ano ganho”.

“Já basta o que não depende de nós para nos preocupar ou amargurar. Não desperdicemos o que só de nós depende. Depois de quase dois anos de pandemia e quase um ano de guerra, é tempo de voltar a sonhar”, concluiu.

Foto: Presidência da República

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