Marionetas vão andar à rédea solta nos palcos do Porto e Matosinhos
Marionetas vão andar à rédea solta nos palcos do Porto e Matosinhos

Marionetas vão andar à rédea solta nos palcos do Porto e Matosinhos

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A edição de 2021 promete 21 espetáculos, 12 de criação nacional e internacionais, com direito a 38 apresentações. Destaca-se ainda a junção de novos parceiros à iniciativa, como são os casos dos ‘pesos pesados’ Casa da Música e Coliseu, bem como da CRL – Central Elétrica (Freixo – Campanhã).

Está mesmo a arrancar a edição 2021 do FIMP – Festival Internacional de Marionetas do Porto. A partir da próxima sexta-feira, dia 15 de outubro, as marionetas e as formas animadas vão estar ao rubro em diversos palcos do Porto e de Matosinhos, até ao dia 24 do mês presente.

Sob o signo das “Ciências e Políticas da Matéria Animada – Perpétuos Efémeros”, que consagra uma espécie de segundo capítulo da estrutura precedente, ou seja, de um bloco temático iniciado em 2020 e cuja expressão Ciências e Políticas da Matéria Animada – “Limites do Humano” traduzia todo um princípio conceptual e temático que afinal se explana pelo biénio.

O final de semana reserva assim um naipe de espetáculos dignos de muita atenção por parte do público. Pela primeira vez em Portugal, Johann Le Guilermm, o artista francês que tem dado que falar por onde passa, vai por certo deixar créditos artísticos firmados no Rivoli – Teatro Municipal com a sua conferência-espetáculo intitulada “Les pas grand chose”, na abertura deste FIMP, na sexta-feira, dia 15, às 19h30.

O mais certo – e não será de todo uma expressão enfática – quando cair o pano é bem capaz de ser algo parecido com: “Porque razão ainda não o tínhamos visto?!”, quem não vier à estreia, pode sempre vê-lo no dia seguinte, sábado, no mesmo local às 17h00. São propostas algumas “interrogações abissais”, “soluções imaginárias” a que acresce uma narrativa discursiva que é uma espécie de “elogio à idiotice como antídoto ao pronto-a-pensar”, em suma, trata-se de uma receita em dose dupla que ninguém vai querer dispensar.

Outro dos destaques no período entre 15 e 17 de outubro, mais precisamente no dia 16, será “Robot Dreams”, da dupla germânica Meinhardt & Krauss.

O mote reflexivo está de igual modo subjacente à mensagem, com a questão da inteligência artificial sempre (no) presente quando teimamos em remetê-la para um futuro, que afinal é hoje. Homem, máquina e objecto apresentam-se em regime de trilogia em fusão. Em síntese, a sugestão apresenta-se deste modo: “Três bailarinos encontram autómatos, robôs e partes do corpo animadas e descobrem a inteligência artificial…”, a partir daqui só quem se deslocar ao Teatro Campo Alegre, no dia 16, às 21h00, poderá saber o que acontece. A marionetista/ encenadora Iris Meinhardt, o videasta MichaelKrauss e o compositor Thorsten Meinhardt assinam o trabalho.

“Caixa para guardar o vazio” é uma proposta transversal ao período inicial do FIMP, trata-se de uma instalação-performance a cargo de Fernanda Fragateiro e Aldara Bizarro, com uma caixa que é matéria vista como lugar para explorar o corpo, esta espécie de ‘caixa anatómica’, por assim dizer, tem récitas para grupos escolares nos dias 15 e 18 de outubro, às 10h00 e às 15h00. A 16 e 17 de outubro às 10h00 e às 15h00, para o público em geral.

“Discursos” de Marcelo Lafontana é um espetáculo portador de alguns dos discursos mais marcantes de figuras da História Mundial, de Adolf Hitler a Winston Churchill, passando por Fidel Castro, entre outros, a oratória dos líderes, amados e odiados, convertida para marioneta, para ver às 19h00 do dia 16, sábado, no Teatro Campo Alegre.

Ainda no dia 16 de outubro, desta feita fazendo o FIMP ‘saltar de concelho’ há “M.A.R”, da espanhola Andrea Díaz Reboredo, para ver no Teatro Municipal Constantino Nery, em Matosinhos, a 17 de outubro, às 16h00 e às 19h00.“Qubim”, que no ano passado foi apresentado em regime WIP- Work In Progress, é um trabalho da dupla Catarina Falcão e Sandra Neves (Trupe Fandanga) que poderá ser visto na CRL – Central Eléctrica, no Freixo, em Campanhã, a 16 de outubro, às 11h00 e às 16h00.

“Concerto para uma Árvore”, de Fernando Mota, consagra momentos lúdicos que derivam de uma pesquisa pedagógica sobre objetos sonoros e instrumentos musicais.

Entre outros, os presentes vão descobrir um simpático instrumento feito a partir de um carvalho cujo nome assumido é Hárvore: tempo de música e harmonia com a natureza, com palco marcado para o Teatro Campo Alegre às 17h00, do dia 17.Os famosos Concertos Promenade do Coliseu Porto Ageas, que se destinam ao público infantil e familiar integram este ano integram também o programa do FIMP, “Cinderela e outras histórias…,” com filmes da cineasta pioneira Lotte Reiniger e música do pianista e compositor Filipe Raposo, decorrem ao domingo, o próximo é jáno dia 17 (e 24), às 11h00, na icónica sala da Rua Passos Manuel.

Haverá lugar para os WOP’s- workshops – de construção e manipulação de marionetas, os já afamados FIMPALITOS (Constantino Nery/16 out – 10h às 12h30 e 15h00 às 17h30/Estação de Metro da Trindade – 17 de out, das 15h às 18h00/TNSJ a23 out – 10h às 13h00. Os WIP’s são uma oportunidade única de o público desfrutar do contacto com projectos emergentes em construção no espaço do Teatro de Ferro (sala de ensaios), ali entre o Bonfim e Campanhã, nos dias 18, 19 e 21 de outubro, sempre às 19h00.

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