O Museu de Memórias da Terra da Maia vai reunir testemunhos, textos e fotografias sobre o passado do concelho.
O novo museu nasce do processo colaborativo que levou à revisão do Plano Director Municipal da Maia. De acordo com o jornal Público, as pessoas participaram nas sessões, às quais levaram as suas ideias e memórias.
O objetivo do novo museu, que deverá ser lançado no final deste verão, é, por isso, guardar essas recordações e deriva da “urgência em captar memórias” sob pena de “que desaparecessem”, explica a coordenadora do projeto, Margarida Campolargo, em entrevista ao mesmo jornal.
O projecto do museu virtual começou por ter duas grandes fontes: o Museu de História e Etnologia da Terra da Maia e os mapas desenhados de forma colaborativa durante a revisão do Plano Diretor Municipal.
A equipa responsável pela organização das memórias, assinalou, primeiramente, 30 pontos relacionados com profissões, pessoas ilustres, lugares e eventos ou festas e só depois avançou para a recolha de testemunhos.
Desta forma, as pessoas da terra contaram inúmeras histórias, desde aqueles que viveram, de facto, os acontecimentos, até àqueles que são somente descendentes diretos ou que tenham contactado com quem presenciou todos esses momentos.
O objetivo, disse ao Público o vereador do Planeamento Territorial da Maia, é captar a “memória de uma Maia que acaba por desaparecer”, sublinhando que “a maioria da população maiata de hoje não é natural do município”. Mário Nuno Neves considera ainda que este projeto pode fazer com que “estes novos maiatos” estabeleçam “com o território uma espécie de vínculo afectivo”.
Muito do material recolhido ficará num repositório virtual da câmara municipal, não estando, contudo, excluída a possibilidade de um futuro museu físico. A expectativa é de que, apesar de haver um primeiro momento de apresentação, o museu venha a crescer e a ser a casa de ainda mais histórias.