Miguel Reis renunciou ao mandato na Presidência da Câmara Municipal de Espinho
Miguel Reis renunciou ao mandato na Presidência da Câmara Municipal de Espinho

Miguel Reis renunciou ao mandato na Presidência da Câmara Municipal de Espinho

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Miguel Reis renunciou esta quinta-feira ao mandato Câmara Municipal de Espinho. O autarca está detido desde terça-feira na sequência de uma operação da Polícia Judiciária que tem como alvo o departamento de obras da autarquia.

Numa nota enviada às redações, o autarca revela que renuncia também às funções de presidente da comissão política do PS de Espinho, para o qual foi reeleito em outubro de 2022.

“Na sequência das diligências efetuadas no âmbito da Operação Vórtex, tomei, de livre e espontânea vontade, a decisão de renunciar, com efeitos imediatos, ao mandato para o qual fui eleito na Câmara Municipal de Espinho e, consequentemente, nas instituições onde, por inerência de funções, representava a autarquia. Uma renúncia que se estende às funções que exercia nos diferentes níveis de organização do Partido Socialista”, pode ler-se no texto assinado por Miguel Reis.

“Reitero, de forma inequívoca, a minha inocência perante as acusações que me são imputadas e repudiando, de forma veemente, as informações e acusações falsas e sem a mínima correspondência com a realidade que foram sendo avançadas nos últimos dias, com particular repulsa pela manchete que hoje mesmo foi publicada por um órgão de comunicação social”.

Miguel Reis espera assim “resguardar” a sua família “dos efeitos nocivos da exposição mediática” associada ao caso, focar-se na sua “plena defesa” e também “salvaguardar o normal funcionamento da instituição ‘Câmara Municipal de Espinho'”. Manifesta-se “disponível para colaborar de forma ativa com as autoridades no apuramento dos factos e da plena extensão e alcance desta investigação”.

Os cincos detidos na operação Vórtex, entre eles o presidente da Câmara de Espinho, chegaram esta quinta-feira de manhã ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, onde serão ouvidos em primeiro interrogatório esta tarde.

A Operação Vórtex visa “projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos”.

Além do autarca socialista Miguel Reis, são arguidos no processo o chefe da divisão do Urbanismo da autarquia, José Costa, e três empresários por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.

Miguel Reis foi eleito pelo PS presidente da Câmara de Espinho, distrito de Aveiro, nas autárquicas de 2021.

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