Mítico Café Majestic no Porto celebra 100 anos

Foi a 2 de dezembro de 1922 que o café mais luxuoso da península ibérica abriu portas, no Porto.

Frequentado por intelectuais e gente ilustre da cidade do Porto, nos anos 80 foi classificado como Imóvel de Interesse Público e hoje é procurado por visitantes de todo o mundo.

César Santos Silva, autor do livro “Cafés do Porto”, que o Majestic é indissociável da história da cidade. “Representa muito o espírito urbano e cosmopolita que o Porto sempre teve e ao mesmo tempo nunca deixou de ser uma cidade provinciana. Inicialmente chamou-se Café Elite e só depois mudou para Majestic. Ao longo do século XX teve sempre uma elite mais intelectual do que económica. José Régio, Gago Coutinho, Beatriz Costa, Sacadura Cabral, são alguns dos nomes que frequentaram este espaço”.

“O Majestic apresentava-se como o mais luxuoso café da Península Ibérica. A publicidade da época dizia isto. Era um estilo Arte Nova, que já não estava muito em voga na Europa, mas no Porto sim e a cidade ficou deslumbrada”, revela o escritor.

Cem anos depois o Majestic mantém a arquitetura e a traça original da Belle Époque, as cadeiras, tetos de gesso decorados, espelhos, mármores. Hoje, é um espaço de encontro de gerações.

“O Majestic tem projeção mundial, é um icone da cidade. O Majestic é um café romântico, desperta emoções, as pessoas entram e ficam encantadas com o ambiente, com a decoração. Muitos contam que vinham aqui com os avós, com os pais”, diz, Fernando Barrias, filho do atual proprietário do estabelecimento.

Certo é, que são vários os clientes que procuram o histórico café. De todas as nacionalidades, mas portugueses também e que fazem fila de espera à porta, mesmo antes de o café abrir.

Nos anos 80 o Café Majestic foi classificado como Imóvel de Interesse Público e hoje é procurado por visitantes de todo o mundo. Cem anos depois, o Café Majestic é conhecido em todo o mundo.