Celeste Caeiro, conhecida como o rosto simbólico do 25 de Abril, faleceu aos 91 anos. A sua história ficou eternizada na memória coletiva de Portugal como a mulher que distribuiu cravos aos militares que protagonizaram a Revolução dos Cravos, gesto que deu nome à revolução que pôs fim à ditadura do Estado Novo em 1974.
Na manhã daquele dia histórico, Celeste, que trabalhava como empregada de mesa num restaurante em Lisboa, foi dispensada do trabalho devido ao encerramento do estabelecimento. Levava consigo um conjunto de cravos destinados à decoração do restaurante. Ao deparar-se com os militares nas ruas, ofereceu-lhes as flores, que passaram a adornar os canos das espingardas e simbolizar a paz e a liberdade.
O gesto simples, mas marcante, transformou-se num dos maiores ícones da democracia portuguesa e no símbolo da resistência pacífica contra a opressão.
Celeste Caeiro continuou a ser uma figura respeitada na história de Portugal, frequentemente recordada em celebrações do 25 de Abril e homenagens à democracia.
A sua morte deixa uma marca na memória nacional, mas o legado da mulher dos cravos continuará a inspirar gerações na luta por liberdade e justiça.
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