Movimento para uma Inclusão Efetiva Promove Manifestações em Diversas Cidades pela Educação Especial
Movimento para uma Inclusão Efetiva Promove Manifestações em Diversas Cidades pela Educação Especial

Movimento para uma Inclusão Efetiva Promove Manifestações em Diversas Cidades pela Educação Especial

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Este sábado, Portugal será palco de diversas manifestações “Por uma Inclusão Efetiva nas Escolas”, organizadas pelo Movimento por uma Inclusão Efetiva. O grupo, formado por pais de crianças e jovens com deficiência, neurodivergência e surdez, tem como objetivo dar voz às necessidades dos seus filhos, promover a sua inclusão na comunidade escolar e lutar pela efetivação dos seus direitos.

As manifestações ocorrem às 10h em Lisboa, frente à Assembleia da República, e em simultâneo no Porto, Coimbra, Évora e Faro.

O movimento lançou recentemente uma petição que já reuniu quase 8 mil assinaturas e será entregue no Parlamento a partir da próxima semana. No documento, o grupo denuncia temas urgentes e emergentes que comprometem o desenvolvimento e a inclusão das crianças com necessidades de saúde especiais (NSE), destacando falhas no atual sistema de resposta educativa.

Entre as exigências estão a revisão ou revogação do Decreto-Lei 54/2018 (atual Lei 116/2019), a definição clara de diretrizes e orientações, a criação de um plano de acompanhamento e monitorização, e a responsabilização das entidades envolvidas.

Lourenço Santos, fundador do movimento e pai de um menino de nove anos com atraso global do desenvolvimento, ilustra a realidade enfrentada por muitas famílias. O seu filho frequenta o terceiro ano numa escola de Loures, onde tem apoio de uma professora de educação especial durante duas horas e 15 minutos por semana e uma professora de apoio por uma hora diária. “Tenho noção de que o meu filho é dos que tem mais apoios, porque estou sempre a pedir”, lamenta Lourenço, que critica a insuficiência de recursos.

“Faltam professores, assistentes operacionais e formação. Cada autarquia faz como quer, de acordo com o orçamento e disponibilidade, gerando desigualdades”, denuncia. Na escola do filho, uma assistente operacional e uma professora de educação especial atendem 13 crianças com necessidades educativas.

O movimento, que já realizou uma manifestação no ano passado, amplia agora o protesto para várias cidades do país. O objetivo é exigir medidas concretas e urgentes para garantir uma verdadeira inclusão nas escolas e uma resposta educativa justa e eficaz para todas as crianças com necessidades especiais.

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